Como na maior parte da Europa, tivemos uma primavera muito fria e húmida e um início do verão antecipado. Os lençóis de agua foram em abundância fazendo com que muitas das nossas paredes em xisto cedessem (algumas delas chegaram mesmo a cair para a estrada do Pinhão). A floração foi adiada e tivemos de nos manter atentos para possíveis ataques de míldio. Um começo de ano molhado seguido de um verão quente e seco. Havia pouco vento, incomum para nós, por norma o vento só se levanta durante as tardes. Sem trovoadas e sem chuva até 12 / 13 de setembro. A vinha sustentou-se surpreendentemente bem, ajudada pela chuva da primavera. Apenas as vinhas mais jovens com sistemas radiculares menos desenvolvidos sofreram mais.
A primavera fria e húmida significava que tudo estava atrasado em pelo menos duas semanas, de modo que só começamos a vindimar a sério na quarta-feira 21 de setembro, com a Touriga Nacional da Vinha Grande. Dias quentes (25C) mas noites frescas originaram as condições ideais para o amadurecimento da uva. Jorge teve que ter especial cuidado na escolha da uva exatamente por haver um amadurecimento desigual na vinha. Apanhas pequenas, mas focadas, fomos capazes de escolher seção por seção. Como havia muita cor e estrutura das uvas, fomos cuidadosos para não extrair em demasia. Finalmente terminou a vindima, segunda-feira 10 de outubro (relativamente tarde) e foram dias de sorte, solarengos e sem chuva.
Ficha Técnica | |
Álcool | 14.6 % |
Capacidade | 0,75 Litros |
Casta | Touriga Nacional (60%) e mistura de castas provenientes de Vinhas Velhas (40%). |
Consumo | Pode ser bebido agora ou envelhecido em garrafa até 10 anos. |
Dados Analíticos | Acidez: 5.3 g/dm3 ; Ph: 3,65 ; SO2: 121 g/l ; Açucar: 0,6 g/l |
Engarrafamento | Maioritariamente fermentado em tradicionais lagares de granito com pisa a pé. O vinho estagiou em barricas de carvalho francês. Engarrafado em julho de 2018. |
Enologia | Jorge Moreira |
Nota de prova | Na Quinta de la Rosa procuramos fazer vinhos harmoniosos, elegantes e que expressem a vinha e as uvas (terroir) na garrafa. O ano 2016 permitiu obter vinhos mais frescos, estruturados, com máxima expressão aromática e perfil menos maduro que o ano de 2015. Excelente estrutura, com textura complexa onde a fruta em boca é um prolongamento do que se sente em nariz. Taninos finos e firmes conferem classe e longevidade a este vinho. |
Outras Pontuações | Wine Spectator - Fevereiro 2019: 93 pontos Cellar Selection - Wine Enthusiast: 94 pontos Robert Parker - Wine Advocate: 92-94 pontos |
Produtor | Quinta de La Rosa |
Sugestão de Acompanhamento | Acompanha preferencialmente pratos de carne fortes, enchidos ou queijo da Serra. |
Vinificação | Maioritariamente fermentado em tradicionais lagares de granito com pisa a pé. O vinho estagiou em barricas de carvalho francês. |
Ano | 2017 |
Estilo | Vinho Tinto |
Região | Douro |
Prémios | Concurso Vinhos de Portugal 2019, Grande Ouro |
Temperatura de Consumo | Servir a 14-16º |